segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A Morte qualifica a Vida

"Nada é permanente, excepto a mudança" (Heráclito)

Sabemos que são passageiros todos os objectos da nossa contemplação. Sabemos que nós próprios somos passageiros. É esta nossa consciência sobre o desaparecimento de tudo que nos faz dar valor à vida (e querer dar-lhe um sentido?). A contemplação do belo deixa-nos melancólicos e pode ampliar-se até a um êxtase. É-nos consolador. A beleza é geralmente reconfortante.

Esta é uma das conclusões que tiro das entrevistas que assisti de O Belo e a Consolação.

Talvez isto explique porque gosto tanto de música, e de ser as obras mais tristes as que mais me inspiram. Revejo-me plenamente neste excerto de um dos meus artistas de eleição:

[1]


 
  [1] excerto do documentário Insurgentes (o filme). Música: Veneno Para Las Hadas.

1 comentário:

Rogério G.V. Pereira disse...

"A contemplação do belo deixa-nos melancólicos e pode ampliar-se até a um êxtase."

Com o passar do tempo, ampliar-se-á até à raiva
Esse será o momento em que deixarás de ser (mero) espectador do belo!