Se alguém tiver que explicar o que é um glutão a quem nunca viu um glutão, escusado tentar fazê-lo pela negativa. Dizer que um glutão não é um cão, nem um hipopótamo, nem tem quatro rodas ou asas e nem é o padeiro que fez a dona Zenilda pecar, é, claro está, o mesmo que nada dizer sobre o que é um glutão.
A isto chama-se definir uma coisa pela negativa. Um sofisma clássico.
As coisas só podem ser definidas pela positiva. Nada se prova pela negativa. Quando se tem uma tese fundamentada pela positiva, ela pode ser refutada... surgindo uma outra tese. Além disso, há algo importante a ter-se em atenção: quando não é possível provar-se a inexistência de uma coisa, isso não significa que essa coisa exista.
Vejamos o caso do zebrú. O zebrú não é um glutão, não é um cão, não tem quatro patas nem motor. Sei, por acaso, que você não sabe o que é um zebrú nem nunca viu nenhum, mas desafio-o a provar na caixa de comentários abaixo que os zebrús não existem. Se não conseguir prová-lo os zebrús passam a existir?
Deus nos salve de tais lógicas!
1 comentário:
Eu sei que o Bruno não consegue provar que eu não saiba o que é um Zebrú. Mas tal não significa que, perante a sua incapacidade, eu passe a poder dizer que saiba
(por acaso até sei)
Deus nos livre destas falhas de lógica
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