quinta-feira, 10 de abril de 2014

Desejo a morte de Aníbal Cavaco Silva

Desejo a morte de Aníbal Cavaco Silva. Logo dirá alguém que isso não se deseja, que atrai o azar, mais outras superstições karmianas. Tretas! Só não o mato porque as miras tremelicam-me ao imaginar sangue. Com arma branca sujaria os sapatos. E matá-lo seria inútil. Para o lugar entraria outro filho da puta. Também não incentivo o assassinato. Não há balas para tanto oportunista cabrão. Pouco ou nada mudaria. Só as moscas.

É como substituir os deputados da Assembleia da República por cães labrador ou outro bicho leal. Nada mudaria. O poder não é o que está lá dentro. O poder é uma dinâmica social. O sítio interessa pouco. Interessa é mudar a dinâmica social do poder, e não as moscas no poder. 
«Eles mandam porque tu obedeces» - disse Camus.
Rei morto, rei posto. Quem diz rei, diz presidente. E rei só é rei porque o povo o trata como tal. Parece que são eleitos por sangue azul. Imaginar sangue azul tremelica-me a mira e os sapatos.

O que desejo mesmo era que Aníbal Cavaco Silva se fodesse numa prisão condenado por crimes lesa a pátria. Não que deseje mal a alguém, mas a destruição da indústria e das pescas é capaz de ser crime, ou não? Na verdade, tanto no fundo como à superfície, é o bem da esmagadora maioria de nós que desejo. O bem-estar do povo português é incompatível com o que ele simboliza neste texto.

Não estou a falar do senhor Aníbal Cavaco Silva que é Presidente da República. Não. Escolhi um nome absolutamente aleatório para simbolizar os lacaios que dão cara ao poder, à dinâmica a que a maioria de nós obedece. Poderia ter chamado a este personagem fictício de José Coelho. Mas não. Aníbal Cavaco Silva soa bem ao ouvido. É sonante. É um nome que assenta perfeitamente num cadáver.

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